Sou da engrenagem uma peça
fácil de ser substituída.
Do gado sou a cabeça
friamente abatida.
Sou um leão amansado,
um carro velho amassado,
um herói aposentado,
um lar carbonizado.
Minha resistência é viver;
é deixar a minha marca.
Minha resiliência é sofrer;
é engolir qualquer mágoa.
Avanço de cabeça erguida,
vou rumo ao precipício.
Avanço para a minha lida,
pois todo dia é um início.
Quero viver, mas não vivo.
Não vivo, pois tenho medo.
Meu medo foi implantado
e pelo Sistema forjado.
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